Ao lermos e meditarmos sobre o Sermão da Montanha (Mt 5 – 7), vemos como o Mestre, Jesus Cristo, ensina aos Discípulos que é preciso não se deixar guiar pelos critérios que levam o ser humano a viver a vida de acordo com as leis que regem o comportamento normal do mundo, seja a nível pessoal, como social.
Por diversos motivos, consciente ou inconscientemente, adaptamos a realidade Evangélica aos nossos gostos e necessidades, esquecendo-nos de que Deus se tornou um de nós, limitado, pecador, mas para nos tornar segundo a “Imagem e Semelhança”
Dele ou, de acordo com a carta de São Paulo aos Efésios “...para chegarmos a ser o homem perfeito que, na maturidade do seu desenvolvimento, é a plenitude de Cristo” (Ef 4,13).
Como mestres, que nos podem auxiliar neste objetivo, existem os Santos e as Santas, oficialmente reconhecidos pela Igreja, e tantos outros que, quando em vida, deixaram marcantes exemplos de cristianismo.
Talvez, porque o jeito de falar sobre essas pessoas foi tão exagerado, cheios de fatos apenas miraculosos, julgou-se, e ainda se julgam, que foram super-homens e super-mulheres, cuja vida não é possível imitar, pois somos, por demais, pequenos. Ainda que esses milagres tenham ocorridos, Deus queria que por meio deles as pessoas prestassem atenção no modo de viver desses Santos, no amor que tinham ao Senhor, na seriedade com que valorizavam a sua Palavra
e na caridade intensa que dedicavam aos semelhantes. Assim, os ensinamentos dessas pessoas extraordinárias em sua doação, foram e são os mais importante daquilo que, sobretudo, precisamos conhecer e seguir.
São José Marello, fundador da Congregação dos Oblatos de São José, dizia: “Lê a vida dos Santos, faze a prova e ficarás convencido”. Convencido do quê? De que o Evangelho pode ser vivido por todos. Convencidos de que a vivência, até as últimas conseqüências, leva o ser humano a superar a visão limitada da vida, como ensinou igualmente São José Marello: “Levantemo-nos”, isto é, não nos acomodemos com uma vida pequena para nós, nem para nossos semelhantes, mas nos transformemos, de acordo com o pensar de Cristo.
No dia 30 de maio, celebraremos em nosso Santuário, e em todos os lugares onde trabalham os Padres Josefinos, a liturgia da Festa de São José Marello. Ele viveu na Itália, morreu com 51 anos, como Bispo da Diocese de Acqui.
Ao longo de sua vida sentiu o apelo forte de viver a vida e de servir aos outros, a partir do Evangelho. Lendo e meditando esse Evangelho, ele ficou impressionado pela pessoa do esposo de Maria de Nazaré, São José. Pelo modo silencioso, humilde e simples como esse homem colaborou com a missão de Maria, a “Bendita entre todas as mulheres”, e com a vinda do Filho de Deus ao mundo.
Aprendeu então, com São José, que o mais importante, para quem quer ser discípulo de Cristo, é viver no dia-a-dia, em meio as atividades normais da existência, a fidelidade ao projeto de Deus, é colocar toda a vida a serviço dos interesses de Jesus. Por isso ele deixou como um de seus ensinamentos: “Sede extraordinários nas coisas habituais”. São José Marello compreendeu e ensinou que tudo, desde que realizado com atitude de fé, amor, colabora com o plano que Deus tem sobre cada um de nós e sobre o mundo em que vivemos.
São José Marello nos mostra que uma vida verdadeiramente cristã deve ser resultado de um esforço cotidiano de oração, serviço, renúncia de si mesmo e conversão. Ele deixou-se iluminar pelas Palavras o Senhor: “Quem é fiel nas pequenas coisas, também é fiel nas grandes...” (Lc 16,10).
Fonte: www.santuariosaojose.com.br
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