Já como sacerdote, e depois como bispo, o Marello sente o dever de transmitir a fé.
Ele é um "homem de fé", mas se tornará "mestre da fé" para ser depois o "Pai da fé".
Esta é a missão: ir, anunciar, ensinar, batizar, curar, servir.
No Marello o "ser como aquele que serve" é vivido no sentido de doar sem reservas, de apresentar a fé, de oferecer a Palava de Deus, de comunicar a graça, de dar sem medida a riqueza da caridade.
Aflora de suas palavras e de seus atos o pensamento de Santo Agostinho: "Está em nosso coração não tanto para comandar, quanto para ajudar".
Para o Marello a fé "abraça o uno e a totalidade de existência cristã".
A fé nele era completa: teológica, cristológica, eclesial e envolvia sempre a pessoa no modo de pensar, de querer, de falar, de amar, de agir.
A verdadeira fé comporta uma exigência de totalidade.
O seu espírito era forte, inabalável, constante.
Manifestava-se em todas as circunstâncias, nas grandes decisões, nos momentos difíceis e também nas pequenas coisas.
E tinha o Marello a capacidade de transmitir e comunicar aos outros esta sua fé.
Se a fé para um cristão é crer em Deus e por Deus, crer em Cristo e por Cristo, crer na Igreja e pela Igreja, na escola do Marello a fé era ensina a e testemunhada em sua plenitude.
Ensinava a ver Deus em todas as coisas e a sentir a sua presença amorosa e paterna.
Da fé se desencadeava nele uma esperança cristã luminosa.
"Fazendo as obras de Deus em silêncio, sem confiar nos homens e nem mesmo em nós, mas cheios de esperança nos auxílios sobrenaturais, tudo caminhará para melhor".
O seu ânimo sempre foi rico de esperanças celestes, nunca de cálculos humanos.
Nas dores, nas provas (e foram tantas!), no trabalho, nas várias iniciativas apostólicas que o absorviam a cada momento, a sua segurança interior permanecia fortemente ancorada em Deus, com uma esperança extraordinária, que se transformava em certeza inabalável.
A sua fé e a sua esperança o faziam colocar sempre Deus em primeiro lugar, no centro de tudo e como meta de todas as coisas.